Jejum Intermitente é pra VOCÊ? – A prática do jejum intermitente com o objetivo de perder peso e melhorar os indicadores de saúde popularizou-se e tornou-se um método polêmico nos últimos anos.
De maneira geral o seu conceito apoia-se na prática de prolongar o período jejum além do usual para obter benefícios estéticos e metabólicos. Os estudos iniciais para avaliar a eficácia desta estratégia foram direcionados aos seus efeitos em obesos e sedentários. Há, porém, escassez de estudos para pessoas saudáveis e que praticam exercícios físicos.
Existem vários protocolos diferentes de jejum intermitente e o impacto dessa estratégia sobre o organismo e desempenho físico pode variar muito de acordo com o modelo escolhido.
Os três principais protocolos de jejum intermitente são:
Alguns benefícios vem sendo demonstrados no cenário clínico e científico para o jejum intermitente como emagrecimento, equilíbrio hormonal, longevidade e adaptações metabólicas, melhor controle glicêmico, equilíbrio de colesterol e melhora do raciocínio, dentre outros. É importante levar em conta somente que no âmbito científico a maioria das pesquisas são realizadas em ratos, o que inviabiliza algumas interpretações, principalmente sobre os aspectos sociais e psicológicos desse método. Estudos em humanos ainda não são consistentes para um desfecho mais conclusivo.
Na minha experiência clínica, avaliando um grande número de pacientes que adotaram essa estratégia, vejo bons resultados naqueles que conseguem permanecer um longo período em jejum sem prejuízos à atividade cognitiva, na performance esportiva, no humor, no perfil de fome e na disposição em geral. Também tem funcionado bem quando os métodos tradicionais não estão mais surtindo efeito ou quando o paciente tem mais facilidade para manter o jejum por um período longo e se permitir comer mais livremente em outro.
Na rotina de atendimentos do consultório não vejo bons resultados em pacientes que já realizam grandes períodos de jejum naturalmente, que sentem fome com frequência, que apresentam quadros sintomáticos de hipoglicemia, que apresentam gastrite, histórico de distúrbio alimentar e compulsão alimentar. Em alguns casos o jejum intermitente pode disparar uma descompensação metabólica e comportamental, favorecer a perda de massa muscular, comprometer a performance e gerar muita frustração piorando a relação com a comida e com o corpo.
No contexto esportivo, um importante estudo publicado em 2017 no periódico “Journal of the International Society of Sports Nutrition” mostrou que o jejum intermitente e a restrição calórica são igualmente eficazes para o emagrecimento, principalmente entre aqueles com excesso de peso e obesidade. Em relação a performance, ganho de massa muscular e redução de gordura corporal associada ao exercício os resultados são variáveis e dependem em grande parte de como a alimentação é organizada fora do período de jejum para que atenda a todas demandas nutricionais necessárias à adaptação muscular e mobilização de gordura corporal.
De forma geral, o jejum intermitente pode ser uma estratégia bastante eficaz para atingir bons resultados, porém não é indicado para todos. O melhor método é aquele que permitirá uma boa adaptação no dia-a-dia para que as mudanças sejam consistentes e eficazes também a médio e longo prazo. Buscar uma alimentação equilibrada, eliminando hábitos “sabotadores” do seu processo de emagrecimento e melhora de composição corporal também é um caminho eficaz e prazeroso desde que seja bem planejado. Se você não se adaptar ao jejum intermitente, considere que várias estratégias podem te levar a um excelente resultado, já que não é um método que se mostra superior a outos modelos de alimentação que também apresentam deficit calórico.
Esse conteúdo foi oferecido pela nossa nutricionista Suzana Bonumá a quem agradecemos muito!
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