Existem hoje muitos métodos de treinamento na área dos esportes aeróbios: corrida , ciclismo, natação e etc… Dentro desses métodos é possível verificar diferenças de pensamento e aplicação de modelo de treinamento, entretanto é muito raro uma planilha não conter dentro de sua programação um espaço reservado para o aquecimento. Por ser algo tão comum nas sessões de treino, as vezes nos esquecemos de questionar a real importância desse componente da sessão de treino. Além disso, surgem algumas questões: Faz diferença respeitar mesmo as zonas de treino preditas para o aquecimento? E para provas, é correto fazer o aquecimento? Existe algum tempo mínimo para o aquecimento ser eficiente?
Primeiramente, é importante esclarecer que o aquecimento é essencial para uma sessão de treinamento. É muito comum ouvir que o aquecimento é uma forma de preparar o organismo para o treino que vem a seguir. De fato, o aquecimento induzirá uma série de mudanças no organismo que possibilitarão essa preparação, podemos destacar: aumento do fluxo sanguíneo para os músculos facilitando o fornecimento de O2 e nutrientes para os mesmos, melhora da capacidade absorção e restituição do impacto pelo aparelho locomotor, aumento da condução “elétrica” na musculatura potencializando a contração muscular (BISHOP et al, 2003), entre outras adaptações que podem nos deixar confiantes de que o aquecimento não é perda de tempo.
Apesar do aquecimento ser comprovadamente importante é muito comum, que os atletas deem pouca atenção para a sua execução. Respeitar as zonas prescritas pelo treinador é tão importante quanto fazer isso na parte principal da sessão de treino. O aquecimento mais rápido do que deveria pode fazer com que as reservas energéticas sejam usadas antes do programado afetando a parte principal do treinamento. Por outro lado um aquecimento mais devagar do que o estimado pode prejudicar os ganhos de capacidade aeróbia previsto para o momento do aquecimento, em outras palavras, prejudica o ganho de condicionamento
Por fim, existem dúvidas quanto ao aquecimento pré prova, é comum pensar que para longas distâncias o aquecimento pode acabar “gastando” energia que seria necessária e que isso acabe prejudicando o desempenho do atleta. Um aquecimento muito longo ou muito intenso realmente pode trazer esse déficit no desempenho. Entretanto, aquecer 5 a 10 minutos em baixa intensidade trará todos os benefícios citados anteriormente para que possamos extrair o melhor da nossa performance, é válido também respeitar um intervalo de no mínimo 5 mas máximo 10 minutos para que estas adaptações sejam mantidas em tempo de reabastecer os estoques de energia “perdidos” no aquecimento muscular (BISHOP et al, 2003).
Seja no treino ou na prova, aquecer é essencial!
Referências:
BISHOP, David. Warm up II. Sports medicine, v. 33, n. 7, p. 483-498, 2003.
BISHOP, David. Warm up I. Sports medicine, v. 33, n. 6, p. 439-454, 2003.
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